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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Compras no comércio acima R$ 5 garante estacionamento grátis - Tribuna de Petrópolis 14/02/2012

CPTrans garantiu que está distribuindo os talões especiais, no entanto, são apenas 200

O presidente da Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes, Roberto Naval, reafirmou ontem que a CPTrans vem cumprindo a Lei Municipal 5.766, que determina que o cidadão que faz compras no comércio da cidade com valores acima de R$ 5 e apresenta o cupom fiscal ao agente de trânsito tem direito de receber o talão especial hora grátis, que garante uma hora de estacionamento gratuito. Por conta de reclamações, o presidente da CPTrans fez uma reunião ontem de manhã com os agentes. “Essa lei vem sendo cumprida. Distribuímos uma média de 200 talões de gratuidade por mês. Reafirmamos nesta reunião de hoje (ontem) que os agentes de todos os pontos de rotativo da CPTrans têm que ter este talão disponível. É um direito que o cidadão deve exigir sempre”, frisou Naval.
O sistema deve funcionar da seguinte forma: o motorista teria que utilizar o talão de estacionamento normal ao parar em uma das vagas de rotativo. Na volta, já com a nota fiscal em mãos, o motorista se dirige ao controlador e pede o “talão especial hora grátis”. “Depois de conferir os dados, o controlado anota a placa do veículo no talão especial, que pode ser usado em outra área de estacionamento controlada pela CPTrans.
A questão das falhas na distribuição de talões de gratuidade para uma hora de estacionamento rotativo grátis foi levada ao Ministério Público Estadual na semana passada pelo coordenador regional do PSDB, Ramon Mello, que quer que a Promotoria de Tutela Coletiva de Petrópolis tome providências. “A lei tem o objetivo não só de conceder gratuidade nos estacionamentos rotativos para o cidadão que consome no comércio de Petrópolis, mas, também, fazer com que o estado aumente a arrecadação de ICMS com a emissão de notas fiscais, revertendo maior quantidade do imposto para o município”, disse Ramon Mello.A  troca pode ser feita com o agente de trânsito ou na sede da CPTrans. “Estamos estudando uma forma de disponibilizar também este talão nos estabelecimentos comerciais onde é feita a venda do talão de estacionamento rotativo, mas para isso ainda é necessário que um projeto do prefeito seja encaminhado e aprovado na Câmara de Vereadores”, explicou Roberto Naval.

JAQUELINE RIBEIRO
Redação Tribuna

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Uma breve reflexão sobre a conduta e as privatizações do PT

Quem te viu, quem te vê

Brasília – Na Bahia, o governador Jaques Wagner (PT) partiu para o confronto com policiais em greve, chamou o exército e bateu o pé mesmo diante dos cadáveres que se amontoavam por falta de segurança.
Em Brasília, o governo federal comemora alegremente o sucesso dos leilões de privatização dos aeroportos da própria capital, de Guarulhos e de Campinas, com resultado de R$ 24,5 bilhões, bem acima das expectativas.
Indaga-se: por que o PT condenou tão acidamente e repressão do governo do PFL-DEM a um movimento semelhante na Bahia em 2001? E por que não só criticou ferrenhamente as privatizações do Governo FHC como as usou contra os adversários nas campanhas de 2002, 2006 e 2010?
Ou as greves dos policiais na era DEM eram legítimas e na era PT passaram a ser ilegítimas, ou o PT tem um discurso na oposição e uma prática na situação. Ou… o PT mudou.
Ou as privatizações eram ruins e agora são boas para o país, ou o PT de Lula e agora de Dilma aderiu ao vale-tudo eleitoral e mentiu, ironizou e foi sarcástico contra uma política que não apenas aprovava como agora aplica, feliz da vida.
Durante três campanhas seguidas, o partido recorreu ao mesmo discurso, atribuindo aos adversários tucanos a intenção até de privatizar o BB, a CEF, a Petrobrás e a mãe de todos os eleitores. Era o PT antiprivatização versus o PSDB privatizante, o PT patriótico versus o PSDB impatriótico.
E agora, qual o discurso? Dilma e Lula deveriam pedir desculpas: ou mentiram aos eleitores ou estavam errados e agora reconhecem que greve de policiais era e é inadmissível e que a política de privatizações do governo adversário era e é correta. Suspeita-se que não vão fazer nem uma coisa nem outra. Vão deixar pra lá, como se nada tivesse acontecido.
Moral da história: greve no governo dos outros é bom, mas no nosso não pode; privatização no governo dos outros é impatriótica, mas no nosso é um sucesso do patriotismo.
ELIANE CANTENHÊDE

Publicado no Jornal Folha de São Paulo – 07/02/2012