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domingo, 8 de janeiro de 2012

Município terá que elaborar Plano de Mobilidade Urbana


Após 17 anos em tramitação no Congresso Nacional, a Nova Lei de Diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana foi finalmente publicada no último dia 03. A Lei é um marco na gestão das políticas públicas nas cidades brasileiras, que vêm enfrentando um modelo de mobilidade desgastado e caminhando para um quadro de insustentabilidade.
No Brasil, o setor não tem tido a prioridade necessária e ainda conta com a inadequação da oferta do transporte coletivo. Outra questão que causa desgaste é o uso intensivo de automóveis, ocasionando poluição do ar e congestionamento das vias.
Segundo o advogado e coordenador regional do PSDB, Ramon Mello, a nova lei traz mais segurança jurídica às decisões dos Municípios, que poderão adotar medidas de priorização para transportes coletivos, “a Nova Lei de Mobilidade Urbana estabelece como prioridade o transporte coletivo, garantindo às decisões dos gestores que atendam este objetivo e, caso não, as medidas poderão se contestadas se contrariarem as diretrizes fixadas em âmbito federal”, afirmou.
Uma dos pontos previstos pela nova Lei trata da permissão para que Municípios possam taxar o uso excessivo de automóveis em áreas de congestionamento. O texto prevê ainda que a receita obtida pela cidade por meio dessas tarifas seja direcionada para subsidiar o transporte público local.
A nova Lei obriga que os Municípios com mais de 20 mil habitantes deverão elaborar o Plano de Mobilidade Urbana e inseri-lo no plano diretor. No caso de Petrópolis, que ainda não atualizou o seu plano diretor, o advogado Ramon Mello salienta que é uma boa oportunidade para se enquadrar na nova lei e não perder recursos federais, “a lei prevê que caso os Municípios não integrem ao plano diretor municipal o Plano de Mobilidade Urbana em três anos, ficarão impedidos de receber recursos orçamentários federais destinados à mobilidade urbana até que atendam à exigência da Lei. Petrópolis não pode correr o risco de perder esses recursos”, concluiu.