Estação de Nogueira
O bairro de Nogueira nasceu da Fazenda Nogueira, que era propriedade do Sr. Domingos de Souza Nogueira, português, industrial e empreendedor, a ele se deve em grande parte o levantamento da estação ferroviária de Nogueira. Foi inaugurada em 10 de junho de 1908 entre Itaipava e Cascatinha. A construção retangular de alvenaria de tijolos aparentes, telhado em duas águas de inclinações diferentes, vãos em verga reta. As fachadas são realçadas, havendo um alpendre com estrutura de ferro e madeira, voltado para o lado da antiga linha do trem, cobrindo a plataforma de embarque e desembarque de passageiros e cargas. A Estação de Nogueira se destingue das demais existentes no município de Petrópolis pelo fato de suas paredes externas não serem rebocadas e pintadas.
Foi instalada na linha Príncipe do Grão Pará, como complemento da Estrada de Ferro Mauá, do ponto da Raiz da Serra até Petrópolis, inaugurada em 1883.Em 1884, a linha foi estendida de Petrópolis a São José do Rio Preto, esse trecho inaugurado em 1886.
A Estrada de Ferro Príncipe do Grão Pará passou a abranger quatro seções: a primeira, de Porto de Mauá a Raiz da Serra, a Segunda, daí até a cidade de Petrópolis, a Terceira até Areal e a Quarta, a São José do Rio Preto, ponto terminal da estrada.
O que se conhece pouco da estrada é o trecho rural, pois a aristocracia descia na Estação Leopoldina, no centro de Petrópolis; não continuava a viagem até o interior (Cascatinha, Corrêas, Nogueira, Itaipava e Pedro do Rio), na época apenas grandes fazendas, pois pouco havia para ver.
Mesmo sem base histórica, é possível afirmar que o trem auxiliou o povoamento e desenvolvimento dessas regiões.
No ano de 1888, a Cia. Estrada de Ferro Príncipe do Grão Pará , com sete anos de existência, transferiu suas atividades para a empresa Northern Railway Company, do Rio de Janeiro.
Em 1897, em entendimento entre credores brasileiros e ingleses, foi registrada em Londres, dentro da Legislação britânica, a empresa LEOPOLDINA RAILWAY COMPANY , autorizada a funcionar no Brasil.
(continua na próxima edição)
Fonte: João Sergio da Silva Junior, monografia de final de curso, 2005, Universidade Estácio de Sá.
